quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A MOEDA AO LONGO DA HISTÓRIA


Com o aparecimento das primeiras civilizações, nasceu a necessidade do homem estabelecer um valor para os seus artigos. A troca directa, apesar de eficaz inicialmente, depressa se mostrou desadequada, uma vez que o valor que um individuo atribuía a um determinado bem não ser equivalente ao atribuído pelo outro.

Com o aumento dos excedentes de produção e o aparecimento das rotas comerciais entre os povos e civilizações, a necessidade de atribuir um valor fixo a um determinado bem, que poderia ser aceite em troca de qualquer produto (moeda de troca) aumentou ainda mais. Assim, antes do aparecimento da primeira moeda como hoje a conhecemos, foram usados os mais estranhos produtos como moeda, por todo o mundo civilizado. Na antiga Suméria (cerca de 3000 a.C.) anéis feitos a partir dos aros dos búzios eram usados como moeda de pequeno valor, presos por um fio, para facilitar o transporte. Os Celtas (cerda do Séc. VI a.C. usavam um sistema idêntico, mas os anéis eram feiros em metal. Na África e na Oceânia, eram usados pequenos búzios como moeda de troca, pratica que ainda se verificava no Séc. XIX. Na época Romana, o sal era usado como moeda, havendo soldados que recebiam o seu “salário” nesse género alimentício.
Entre os Aztecas, a moeda de troca principal era a semente de cacau, que circulava no Séc. XVI quando os europeus aí chegaram.
O aperfeiçoamento da metalorgia permitiu o fabrico de lingotes e o seu uso em transacções comerciais. Em fase mais adiantada, os lingotes foram marcados com punção e deles se passou para as primeiras moedas, simples placas de metal com toscas figuras a marca-las. Mas a evolução foi lenta e não se processou igualmente em todas as regiões do Mundo.
Na China, o ouro e a prata corriam em lingotes ainda na 1º metade do século passado, sendo verdadeira moeda a sapeca de cobre, de pequeno valor.
Dos povos que habitaram as regiões do Mediterrâneo, o que 1º cunhou moeda foi o da Lídia. Todavia, a invenção é geralmente atribuída a Fídon, rei de Argos e teria principiado na ilha Egina, c. 670 a.C. Foram os Gregos que tiveram a noção exacta da função da moeda metálica na actividade comercial. Transmitiram o uso aos Fenícios em época recuada e, mais tarde, com Alexandre, aos povos do Norte da Índia. Asiáticos, Europeus e Africanos, em contacto com as colónias gregas, adoptaram este uso.
No egipto, houve moeda de vidro moldado, espécie que os Bizantinos imitaram quando ali se instalaram e, depois deles, os Árabes, que a introduziram na Sicília.
A 1ª moeda grega era cavada, mas, no fim do século V a.C. a de Atenas já tinha figuras em relevo. Como a Grécia era constituída por quase milhar e meio de cidades, foi muito grande o fabrico de moedas por ordem dos governos locais. Só no que respeita a Atenas é conhecida a organização da Casa da Moeda. Mas sabe-se que, além das oficinas próprias de certas cidades, em algumas havia oficinas particulares que satisfaziam encomendas de moedas para o estrangeiro.

Etruscos e Romanos receberam dos Gregos o uso da moeda. Em Roma, a mais antiga, de bronze, é do reinado de Sérvio Túlio. No meado do Século III a.C. aparece a 1ª moeda em prata e no tempo de Júlio César a de ouro. A mais antiga é rude. O fabrico aperfeiçoa-se durante a República e mais ainda no tempo do Império, mas sem nunca atingir a categoria artística da melhor moeda grega. A máquina administrativa da República organizou em Roma, no Capitólio, em instalações do templo Juno Moneta, uma oficina produtora de moeda. Da localização veio o nome latino de moneta, que em português deu moeda.
Outras oficinas análogas existiram nas províncias. Os generais tinham o direito de cunhar moeda de ouro e de prata. Usou dessa faculdade Bruto – o assassino de Júlio César – para fabricar moeda durante a campanha em que ficou vencido. Augusto determinou que a cunhagem de moeda de ouro e prata ficasse reservada ao imperador, continuando a pertencer ao Senado as atribuições relativas à de cobre. No tempo de Aureliano ficou toda a moeda a depender do Imperador.
Os Romanos adoptaram dos Gregos as várias técnicas monetárias. A moeda mais antiga, feita a martelo sobre folha delgada de ouro ou prata, era usada para fabrico de brácteas, com relevo numa face e cavada na oposta. Aspecto parecido tinha a denominada incusa. Numa técnica mais avançada, cunho e contracunho tinham figuras diferentes, que ficavam em relevo nas duas faces da moeda, permitindo, desse modo, melhor gravura no disco metálico entre eles introduzido.
Os Romanos conhecem também a moeda fundida. Este processo, em que utilizavam moldes de barro, foi usado para as 1ªs moedas de bronze e parece que também nas expedições militares. Na moeda do Império apareceu novo tipo de cunho, em que se gravava à mão o retrato ou figura, sendo as palavras impressas com letras móveis (letra a letra) no mesmo cunho.
Se algumas cidades gregas tiveram moeda de electrão (liga de ouro e prata), os Romanos só amoedaram o ouro, a prata e o bronze (liga de cobre e estanho). Em época posterior a Caracala houve moeda de bronze com banho de prata aplicado a quente. Esta moeda era diferente daquela a que damos o nome de forrada – cobre, ferro ou chumbo revestido de fina camada de ouro ou prata.
À moeda Romana sucederam, no Ocidente, a visigótica e outras bárbaras, cunhadas em nome do nome imperador bizantino, a quem se reconhecia soberania mais honorífica que real. Essa moeda, bem como a dos merovíngios, faz lembrar certos exemplares célticos.
A moeda medieval nos vários reinos da Europa Central e Ocidental desenvolveu-se à margem da bizantina, que só exerce alguma influência na veneziana. As espécies são de pequena espessura , dos metais usados pelos Romanos e ainda de bilhão prata baixa com muita liga. Geralmente simples, moderniza-se aos poucos em França e só no Século XVIII deixa definitivamente de ser cunhada a martelo.

9 comentários:

  1. NAO TEM NADA DE INTERESSANTE

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  2. o blog tem muito texto devia de ter as coisas mais simplificadas

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  3. quanto vale uma moeda de brasileira
    1869

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  4. Se está cheio de texto ou não , eu não sei .. mas só sei que salvou o meu trabalho de história rsrsrsr precisava de uma imagem da bendita moeda suméria srsrsrs

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  5. Olá, me chamo Brenda Fernandes, estou usando de informações do seu blog para fundamentar alguns questionamentos, de onde você retirou suas inrformações. Por favor responda pra obrigada.

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