segunda-feira, 20 de julho de 2009

Portimão homenageia figuras do cinema

Foram aprovados na Reunião de Câmara da passada Quarta-feira os topónimos de homenagem a figuras do cinema português, numa zona urbana, denominada Quinta das Oliveiras.
Foram alvo de homenagem os realizadores:

António Lopes Ribeiro (Lisboa 16.04.1908-14.04.1995) – Estreou a sua carreira de cineasta como critico e assistente de realização, em 1925.
Co-fundador da revista Imagem (1928) e do jornal A Bola, dirigiu os semanários Kino (1930) e Animatógrafo.
Em 1941 lançou uma empresa produtora, à qual se deve o filme de Manoel de Oliveira Aniki-Bobó.
Na realização estreou-se com o documentário Bailando ao Sol (1928).
Entre 1940 e 1970, através de documentários e curtas e médias-metragens, faz a cobertura de todos os actos oficiais.
Realizou os seguintes filmes:
A Revolução de Maio (1937)
Feitiço do Império (1940)
Gado Bravo (1934)
O Pai Tirano (1941)
Amor de Perdição (1943)
A Vizinha do Lado (1945)
Frei Luís de Sousa (1949)
O Primo Basílio (1959)



Leitão de Barros (José Júlio Marques Leitão de Barros) (Porto 02.10.1896-Lisboa 29.06.1967) – Conhecido como jornalista e cineasta, também foi pintor de aguarelas.
Em 1918 iniciou a carreira de cineasta para a produtora Lusitânia Filmes.
Foi cenógrafo nas peças de Amélia Rey Colaço e no teatro de revista.
Em 1932 criou, com grande êxito, as marchas populares e, em 1934, foi criador da Feira Popular. Realizou os seguintes filmes:
Lisboa, Crónica Anedótica (1929)
Maria do Mar (1930)
A Severa (1931 – Primeiro filme sonoro português)
Maria Papoila (1937)
Ala-Arriba! (1942)
Bocage (1936)
Inês de Castro (1945)
Camões (1946)

Manoel de Oliveira (Porto 11.11.1908) – Cineasta, estreou-se no cinema como figurante no filme Fátima Milagrosa (1929) e como realizador no documentário Douro, Faina Fluvial (1931).
Como actor participou no filme A Canção de Lisboa (1934).
Aniki Bobó (1942), a sua primeira grande-metragem é uma das obras de referência do cinema português.
O mais velho realizador de cinema do mundo em actividade e o cineasta português mais premiado de sempre, o aniversário de Manuel de Oliveira coincide com o dia da elevação de Portimão a cidade.
Realizou os seguintes filmes:
O Pintor e a Cidade (1956 – Venceu a Harpa de Ouro do Festival Cork – Irlanda)
Acto de Primavera (1962)
A Caça (1963)
Benilde ou a Virgem-Mãe (1975)
O Passado e o Presente (1977)
Amor de Perdição (1978)
Francisca (1981)
Le Soulier de Satin (1985 – Recebeu o Prémio da Crítica no Festival de Veneza)
Os Canibais (1988)
Non ou a Vã Glória de Mandar (1990)
A Divina Comédia (1991)
O Dia do Desespero (1992)
Vale Abraão (1993)
A Caixa (1994)
O Convento, Viagem ao Princípio do Mundo (1997)
Inquietude (1998)
A Carta (1999)
Palavra e Utopia (2000)
Vou para Casa (2001)
O Princípio da Incerteza (2002)
Um Filme Falado (2003)
O Quinto Império (2004)
Espelho Mágico (2005)
Belle Toujours (2006)
Cristóvão Colombo: O Enigma (2007)

Como actores foram homenageados:
Vasco Santana (Lisboa 28.01.1898-13.06.1958) Actor, pisou pela primeira vez o palco, por acaso, com 19 anos de idade, em substituição de um artista que adoecera. Iniciou-se, assim, uma carreira notável de comediante, que o levou a participar em revistas, operetas, comédias e filmes.
Participou em filmes como:
A Menina Endiabrada (1929)
O Dinheiro dos Pobres (1956)
A Canção de Lisboa (1931)
O Pai Tirano (1941)
O Pátio das Cantigas (1942)
Fado (1947)

Beatriz Costa (nome artístico de Maria da Conceição) (Mafra 14.12.1910-15.04.1996) Actriz, estreou-se como corista no Éden-Teatro em 1923.
Em 1924 estreou-se como actriz na revista Fado Corrido.
Actuou em numerosas revistas e filmes musicados, de que se destacam:
A Canção de Lisboa
O Trevo de Quatro Filhas (1936)
A Aldeia da Roupa Branca (1938)
Abandonando os palcos, dedicou-se à escrita de livros de memórias:
Sem papas na língua (1975)
Quando os Vascos eram Santanas… e não Só (1977)
Mulher sem fronteiras (1981)
Nos Cornos da Vida (1984)
Eles e Eu (1990)

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