Baptizado a 03-02-1596, em Portimão, encontra-se sepultado no altar do templo que mandou construir, constando no seu túmulo a seguinte indicação:"Sepultura de Diogo Gonçalves, Cavaleiro Fidalgo da Casa de Sua Magestade e na Índia Capitão da Guarda e Vedor da Casa do Vice-Rei Pedro da Silva, natural desta vila e verdadeiro pai da pátria para cujo ensino fundou este colégio à Companhia de Jesus, que duou de boas rendas para ter mestres de Escola, Latim e casos, com duas capelanias. Ele lhe lançou a primeira pedra dia das onze mil Virgens do ano de 1660 e dedicou sua Igreja a S. Francisco Xavier, Apóstolo da Índia. Faleceu de 73 anos de idade aos 17 de Junho de 1664."
Nos topos encontram-se duas inscrições: "Estão também os ossos de Isabel de Sousa, sua mulher" e "Estão também os ossos de D. Inês de Sousa, sua filha."
O assento de casamento aqui apresentado data de 12 de Maio de 1616.
A propósito do dia das "Onze Mil Virgens" que se celebrava a 21 de Outubro, ocorre-me lembrar que essa lenda cristã teve origem num equívoco ou erro de leitura. Segundo alguns autores, a abreviatura XI. M. V. (onze virgens martirizadas) foi lida como 11 000 em algarismos romanos. Segundo outros, era uma só virgem martirizada de onze anos de idade, em latim undecimilia e esta palavra foi erradamente interpretada como undicimila (onze mil).
ResponderEliminarNo séc. XVIII, em Portugal, houve quem chamasse as "onze mil virgens" à enorme biblioteca do Cardeal da Cunha, porque tinha uma cultura tão rudimentar que nunca teria aberto um só dos milhares de livros que possuía.
J. M. Vargas