José Duarte Ramalho Ortigão, nasceu na freguesia de Santo Ildefonso em 24.11.1836 e faleceu na freguesia das Mercês, em Lisboa, em 27.09.1915. Escritor notável, estudou Direito na Universidade de Coimbra. De regresso ao Porto, dedicou-se ao ensino, dando aulas de Francês no Colégio da Lapa. Estabeleceu-se em Lisboa ao ser nomeado oficial da secretaria da Academia de Ciências, começando a colaborar em vários jornais e revistas. Já em Lisboa, torna-se amigo de Eça de Queirós e inicia com ele a publicação de As Farpas. Fez várias viagens ao estrangeiro, viagens estas que influenciaram o seu modo de ver Portugal. Obras: Literatura de Hoje (1866), Em Paris (1868), Histórias Cor de Rosa (1870), As Farpas (1871-1884), Banhos de Caldas e Águas Minerais (1875), As Praias de Portugal (1876), Notas de Viagem (1878), A Holanda (1885), John Bull (1887), O Culto da Arte em Portugal (1896), El-Rei D. Carlos o Martirizado (1908), Últimas Farpas (1911-1914).
Se estas notas biográficas são fáceis de encontrar, já as suas raízes Louletanas raramente são referidas. Na verdade, Ramalho Ortigão era filho de Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, Primeiro-Tenente de Artilharia, nascido na freguesia de São Clemente, em Loulé, em 27.02.1813, que veio a casar no Porto com Antónia Alves Duarte Silva, natural dessa cidade.
Se estas notas biográficas são fáceis de encontrar, já as suas raízes Louletanas raramente são referidas. Na verdade, Ramalho Ortigão era filho de Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, Primeiro-Tenente de Artilharia, nascido na freguesia de São Clemente, em Loulé, em 27.02.1813, que veio a casar no Porto com Antónia Alves Duarte Silva, natural dessa cidade.
O avô paterno, José Costa Leal Brito, era igualmente natural de São Clemente, mas a avó paterna, Rita Delfina da Paz Ramalho Ortigão, era natural da freguesia da Sé, de Faro.
Não deixa de ser curioso comparar a vida de Ramalho Ortigão com a de outros homens de letras do seu tempo com ligações genealógicas ao Algarve, como é o caso de Fernando Pessoa e Teixeira Gomes, sendo possível verificar a importância que a vivência no estrangeiro de cada um deles se veio a reflectir no brilhantismo das suas obras literárias.
Terá a inspiração artistica, neste caso literária, origem cromossomática, ou estas semelhanças não passam de uma mera coincidência?
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