Por entender que a lista que segue, elaborada por José Manuel Vargas, está mais completa e correcta do que aquela que consta da mensagem "São Lourenço da Barrosa não pode ser Portimão", apresento-a aqui para conhecimento de todos quantos gostam de aprofundar a história do nosso Município. As imagens apresentadas são trabalhos elaborados pelo grande pintor, portimonense de adopção, Júlio Amaro, representando uma a reunião dos 40 moradores de Portimão com o o Rei, momento que marca a fundação de São Lourenço da Barrosa e a outra o mapa da antiga São Lourenço da Barrosa.
1463, Agosto, 4 - Carta de criação da povoação de S. Lourenço da Barrosa
Dom Afonso, cet.
A quantos esta carta de contrauto virem, fazemos saber que:
Pero Vasques, nosso capelão e arcediago da sé da nossa cidade de Silves
Pero Vieira e Joan' Eanes, cónegos da dita sé,
Gil Eanes e Nuno Martins, nossos vassalos,
João da Faria,
moradores na dita cidade de Silves
João Afonso da Sovereira, vassalo,
Gonçalo Martins, besteiro do conto,
João de Portimão, aposentado
Gomes Afonso, privilegiado,
João Anes, cavaleiro aposentado,
João Anes Garim (ms.: Guarim), aposentado
João Pequeno, besteiro do conto,
Vasco Pequeno, aposentado,
Fernão Vasques, criado do Ifante Dom Anrique, meu tio, que Deus haja,
Afonso Rodrigues, filho de João Afonso da Sovereira,
Martim Anes, filho de João Gil,
Vasco Eanes da Sovereira,
Pero Rodrigues,
Martim Anes da Sovereira,
Álvaro Eanes Moreno,
Martim Anes Moreno,
João Vasques, filho de Vasco Anes,
Gil Eanes Garim,
André Anes, filho de João Portimão,
Álvaro Lourenço,
Martim Vasques,
Álvaro Galego,
Lourenço Bentes,
Vasco Eanes, filho de João Pires,
João Gonçalves,
João Cavaleiro,
Francisco Gil,
João do Estreito,
Gil Anes Araquino,
João do Castelo,
Gil Cavaleiro,
Lourenço Anes do Esteiro,
João [Vasques Pires], filho de Vasco Pires,
Aires Gomes, filho de Gomes Aires,
todos moradores em Portimão, termo da dita nossa cidade de Silves,
nos enviaram dizer como seria muito serviço de Deus e nosso, e bem daquela terra,
fazer-se uma povoração na foz da dita cidade de Silves, onde chamam a Barrosa,
e ora nós ordenamos que se chame São Lourenço da Barrosa (...)
Dom Afonso, cet.
A quantos esta carta de contrauto virem, fazemos saber que:
Pero Vasques, nosso capelão e arcediago da sé da nossa cidade de Silves
Pero Vieira e Joan' Eanes, cónegos da dita sé,
Gil Eanes e Nuno Martins, nossos vassalos,
João da Faria,
moradores na dita cidade de Silves
João Afonso da Sovereira, vassalo,
Gonçalo Martins, besteiro do conto,
João de Portimão, aposentado
Gomes Afonso, privilegiado,
João Anes, cavaleiro aposentado,
João Anes Garim (ms.: Guarim), aposentado
João Pequeno, besteiro do conto,
Vasco Pequeno, aposentado,
Fernão Vasques, criado do Ifante Dom Anrique, meu tio, que Deus haja,
Afonso Rodrigues, filho de João Afonso da Sovereira,
Martim Anes, filho de João Gil,
Vasco Eanes da Sovereira,
Pero Rodrigues,
Martim Anes da Sovereira,
Álvaro Eanes Moreno,
Martim Anes Moreno,
João Vasques, filho de Vasco Anes,
Gil Eanes Garim,
André Anes, filho de João Portimão,
Álvaro Lourenço,
Martim Vasques,
Álvaro Galego,
Lourenço Bentes,
Vasco Eanes, filho de João Pires,
João Gonçalves,
João Cavaleiro,
Francisco Gil,
João do Estreito,
Gil Anes Araquino,
João do Castelo,
Gil Cavaleiro,
Lourenço Anes do Esteiro,
João [Vasques Pires], filho de Vasco Pires,
Aires Gomes, filho de Gomes Aires,
todos moradores em Portimão, termo da dita nossa cidade de Silves,
nos enviaram dizer como seria muito serviço de Deus e nosso, e bem daquela terra,
fazer-se uma povoração na foz da dita cidade de Silves, onde chamam a Barrosa,
e ora nós ordenamos que se chame São Lourenço da Barrosa (...)
Caro Nuno Campos Inácio,
ResponderEliminarAntes do mais parabéns pelo seu blogue. É sem dúvida uma dinâmica e inteligente forma de dar a conhecer a história de Portimão, das suas gentes e dos seus espaços. Creio que será uma via eficaz para a preservação da identidade e do património de um concelho, neste domínio, tão mal tratado nos últimos tempos.
Bem haja pela sua iniciativa!
Miguel Côrte-Real
Caro Nuno Inácio:
ResponderEliminarAgradeço a referência que me é feita na sua mensagem e apraz-me sublinhar as palavras de Miguel Côrte-Real sobre a importância deste espaço na divulgação da história local.
Destaco também as adequadas e interessantes imagens que ilustram o texto, as quais desconhecia.
A ermida de S. Lourenço vem referida nas Memórias Paroquiais de 1758:
"Está situada [a povoação] junto a uma ermida de S. Lourenço da Barrosa, que de antes da fundação desta vila, ainda hoje se conserva na foz e margem do rio, em um monte muito pouco elevado, de sorte que por a subida não fatiga". Era uma das 15 ermidas então existentes. Quantas restam?
Cordiais saudações
J. M. Vargas
Caros Miguel Côrte-Real e José Manuel Vargas:
ResponderEliminarUm projecto com a dimensão do que tenho estado a elaborar seria impossível de fazer sem a colaboração directa, ou através de estudos publicados, de muitos outros genealogistas amadores ou profissionais.
Destaco, naturalmente, o forte contributo directo que o caro José Vargas tem dado relativamente a documentos que serão desconhecidos da quase totalidade dos Portimonenses; e ao contributo indirecto das obras editadas, relativas a gentes do Algarve, pelo caro Miguel Côrte-Real.
Com esses contributos e juntando mais alguns dados só possíveis de descobrir com o levantamento completo de uma freguesia, acredito que muitos aspectos até hoje desconhecidos da história do Algarve serão revelados e vistos com outra dignidade no contexto nacional.
Relativamente à questão colocada pelo José Vargas, ainda existem em Portimão os seguintes edifícios religiosos:
Convento de São Francisco - Em ruínas
Igreja Matriz
Igreja do Colégio - Recentemente restaurada e aberta ao público
Igreja de São José
Igreja do Amparo - construção dos finais do Séc. XX junto à antiga ermida da Senhora do Amparo, ainda existente e preservada.
Capela do cemitério.
Há referências a uma Capela da Senhora dos Navegantes no jardim do palacete Bivar, onde actualmente se localiza a Câmara Municipal, mas desconheço que ainda existe ou foi "adaptada" durante algumas obras do edifício.
Capela de Santa Catarina, na fortaleza da Praia da Rocha.
Capela da Senhora da Tocha - A casa ainda existe, mas está abandonada, desconheço se mantém as características de capela.
Capela da Quinta da Donalda.
Capela da Senhora da Saúde - Em ruína quase total.
Igreja do Corpo Santo - actualmente adaptada a garagem particular, mas mantém a traça inicial.
Completamente destruídas:
Misericórdia Velha
Santa Isabel
São João da Muralha
Nossa Senhora da Graça
São Lourenço da Barrosa
Nossa Senhora do Pé da Cruz
São Sebastião
São pedro
São Roque (desconheço se ainda existirá no morgado)
Nossa Senhora dos Remédios
São Neutel