A cidade de Silves deve a sua existência e desenvolvimento à navegabilidade do Rio Arade.
Infelizmente, em Portugal, a memória é curta e raramente se valoriza o património histórico, cultural e ambiental.
Só esta memória curta e a elevação de bandeiras ecologistas baseadas mais em interesses económicos do que na real e eficaz preservação do ambiente justifica a visão quase irrealista que têm aqueles que visitam a cidade de Silves e olham para o rio com a maré vazia.
Quem, actualmente, lê a Crónica do Cruzado Anónimo e outros documentos históricos que relatam a subida do rio por embarcações de grande porte até à cidade de Silves; as referências ao comércio marítimo que tinha início nesta cidade, durante o domínio àrabe; os poemas que relatam passeios fluviais no Arade; dificilmente acreditará que Silves desses tempos seja a actual cidade de Silves ou, pelo menos, que o Arade seja o mesmo.
Actualmente, o Arade, nas muralhas da cidade, com a maré vazia, tem um caudal tão baixo que é atravessado a pé por um simples pássaro.
É incrivel como a nossa Região tem sido esquecida pelos últimos Governos, que não se dignam sequer a investir na melhoria da oferta da sua principal indústria no Algarve, sendo certo que os passeios de barco no Arade poderiam ser uma mais-valia para o Turismo e um factor de atracção e desenvolvimento da cidade de Silves.
Para quem só acredita vendo, segue um filme que o comprova.
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