Apesar de já não poder eleger candidatos à liderança, não posso deixar de reflectir sobre qual será o melhor líder para o Partido e, necessariamente, para o país.
Desde logo há uma questão que se coloca. Deverá ser mantida a postura e a política actual, ou deverá esta mudar?
Quem quer que tudo fique na mesma tem um trabalho árduo de escolha entre Aguiar Branco ou Paulo Rangel, o anverso e o reverso de uma mesma moeda mandada cunhar por Manuela Ferreira Leite. Bem sei que, agora, conhecida a derrota e os efeitos drásticos da política e da postura da liderança actual estes candidatos vêem dizer que, com eles, tudo será diferente… Na minha opinião, a sê-lo, será para pior!... Então estes dois cavalheiros estiveram no seio das decisões, foram o rosto visível da liderança actual, não tiveram coragem suficiente para contrariar as afirmações e atitudes ignóbeis da líder, permitindo que o Partido se afundasse diariamente na sociedade portuguesa e agora vêem apregoar mudanças, rasganços e novas políticas? Não tiveram coragem para enfrentar a velha senhora e acham-se credíveis para enfrentar as dificuldades do país? Com que políticas? Com que ideias? Com o quê de novo? Será que tínhamos dois iluminados na liderança do PSD que, por excesso de modéstia, nunca tiveram a coragem de mostrar a intensidade da sua luz?
Certamente que não! E o não é tão ou mais profundo quando se vê que nem foram capazes de chegar a acordo para uma candidatura de união.
Pelo contrário, aqueles que acham que é chegada a hora de uma mudança, têm o trabalho facilitado. A mudança só pode ser preconizada pelo Pedro Passos Coelho. Conheço o Pedro do tempo da JSD e tenho-o por uma pessoa séria e extremamente competente, que luta por ideias próprias e é capaz de idealizar um projecto de rumo para o país. Ao contrário dos outros, que são políticos profissionais, o Pedro Passos Coelho nunca foi levado ao colo para candidaturas ou lugares de topo, teve que combater por si, impor-se e lutar, abandonando a política quando muitos entraram por apadrinhamento em institutos e empresas públicas. Ao contrário da oligarquia que caracterizava a actual liderança do PSD e tinha por rostos visíveis os dois candidatos da continuidade, Pedro Passos Coelho conhece a realidade do país, no terreno, junto do povo; conhece os problemas da juventude nacional; conhece os problemas dos empresários e dos trabalhadores; conhece as consequências do desemprego; mas, mais importante do que tudo isso, não se calou quando era importante que se ouvisse uma voz discordante com a liderança actual e foi penalizado internamente por isso.
Ainda bem, pois assim tem mais moral para mudar.
Não conta com o meu voto, mas tem todo o meu apoio.
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