Antes de iniciar a análise aos resultados eleitorais no Município de Portimão, aproveito este espaço para felicitar pessoalmente alguns eleitos que tenho o prazer de conhecer pessoalmente e que iniciam novas funções:
em Portimão, Jorge Campos, eleito Vereador (PS);
em Monchique, Rui André, eleito Presidente de Câmara (PSD);
em Lagoa, Francisco Malveiro, eleito Presidente de Junta (PS);
em Vila do Bispo, José Marques, eleito Deputado Municipal (Independentes);
em Faro, Macário Correia, eleito Presidente de Câmara (PSD).
Aproveito ainda para apontar mais uma derrota de Manuela Ferreira Leite no Algarve, que deverá ter consequências políticas. Refiro-me, obviamente, a Olhão, onde a Presidente do PSD vetou o nome de Gonçalo Amaral, contra a vontade dos militantes da Concelhia e da Distrital do PSD. Quando se veta – ainda mais sem ter competência para tal – um nome, fica-se com o ónus de obter uma vitória, o que ficou muitíssimo longe de acontecer. Se o objectivo era perder, porque não respeitou a vontade das bases?! Será porque reconhecia que Gonçalo Amaral tinha hipóteses de ganhar?
Entrando na análise aos resultados eleitorais em Portimão, recordo aqui uma análise polémica que fiz aos resultados das Eleições para o Parlamento Europeu: “Assim, uma vez que o PSD ainda não demonstrou ter conseguido cativar votos aos descontentes, só a elaboração de uma lista autárquica do PSD muito forte e surpreendente poderá fazer com que o PS perca a maioria absoluta, uma vez que o Bloco de Esquerda, a eleger um vereador, será o que actualmente é exercido pela CDU, sendo de prever que o PSD, nas próximas Autárquicas obtenha sozinho a votação que João Amado obteve em Coligação, o que será uma vitória de José Dias, pois corresponderá à angariação de mais de 1500 votos.”
Para a Câmara Municipal de Portimão o PSD teve mais 31 votos do que João Amado obteve com a coligação PSD/CDS/PPM/MPT. Confirma-se, assim, a previsão que tinha feito no seguimento dos resultados para o Parlamento Europeu.
Apesar da evidente derrota, pois o PSD é o único Partido da oposição com aspiração à vitória em Portimão, não acho que o PSD e o Dr. José Dias tenham sido os grandes perdedores nestas Eleições. Desde 1989 que participo em Campanhas Eleitorais e sei bem que, quem anda nas ruas, tem sempre a noção de que os resultados serão melhores do que os que obtém no final. O optimismo na vitória era natural, mas mostrava-se desfasado da realidade.
O PSD conseguiu, apenas, manter o seu eleitorado natural (apesar de ter mais votos do que a coligação de há 4 anos, importa recordar que a lista de independentes era apoiada por pessoas bastante próximas do PSD, que retiraram votos à coligação liderada por João Amado), constatando-se que o facto de o candidato ser independente não acrescentou votos ao Partido. Em relação às legislativas só o CDS e o BE perderam perto de 5000 votos, sendo que o PSD não conseguiu absorver qualquer um desses votos, perdendo ainda 370 votos em relação às legislativas.
Aqui chegados, deixo um mote para reflexão interna no PSD. Se um candidato independente não trás mais votos para o Partido, para quê investir na imagem e na promoção de um candidato de fora do PSD? Nestas eleições 3 dos 5 Cabeças-de-Lista eram independentes, que não acrescentaram nada em termos de votação efectiva.
O PSD decidiu renovar integralmente as suas listas eleitorais. Nenhum dos eleitos renova o seu mandato. Se, por um lado, mostrou que o PSD de Portimão tem mais gente do que aquela que repetidamente era candidata, por outro demonstrou que o peso político de uns não é maior nem menor do que o dos outros.
Inquestionavelmente, nestas eleições, o eleitorado quis votar em Manuel da Luz, mas mais do que votar em Manuel da Luz, a população manifestou-se contra uma forma de fazer política que há muito não dá frutos em democracia. A oposição da crítica pela crítica, dos ataques pessoais, dos insultos, das falsas comunicações ou dos programas eleitorais vagos e ocos no conteúdo já não cativam votos. O eleitorado quer obras, quer projectos, quer dinamismo, quer crítica construtiva. Durante a Campanha Eleitoral alguns mais papistas do que o Papa, fizeram mais oposição à cidade do que ao PS, certamente à revelia dos Partidos que apoiavam, mas que estes nada fizeram para travar.
Manuel da Luz vê-se, finalmente, livre do “fantasma” Nuno Mergulhão, ao obter um resultado muito superior ao que este obteve quando se candidatou ao 2º mandato. Ficou demonstrado que Manuel da Luz vale por si, pela sua política, pelo seu projecto, pelo rumo que delineou para a cidade de Portimão. Demonstrou que não é Presidente pela fatalidade que vitimou Nuno Mergulhão e tem toda a legitimidade para chamar a si esta estrondosa vitória, dificilmente repetível.
A vitória esmagadora de Manuel da Luz foi uma surpresa, mas não tão grande quando comparada com a derrota demolidora da CDU, que vê perder o seu Vereador, um Membro da Assembleia Municipal e quase 800 votos. Após 20 anos de actividade política Rui sacramento sai pela porta pequena, o que é pena, pois foi uma mais-valia enquanto Vereador da oposição.
Surreal foi a derrota do Bloco de Esquerda, que perde quase 3000 votos em relação às Legislativas e, contra todas as expectativas, não mete um Vereador, saindo da cena política o seu dirigente mais activo.
Injusta, pelo trabalho realizado e pela energia que manteve em Campanha, foi a derrota de João Caetano e do CDS. Perde quase 2000 votos em relação às Legislativas e reduz a sua representação autárquica a um Membro da Assembleia Municipal e a um Membro da Assembleia de Freguesia de Portimão. Pelo trabalho de oposição realizado na Assembleia Municipal de Portimão, envio um abraço de reconhecimento a João Caetano.
A todos os que não renovam os seus mandatos, com especial destaque para os Vereadores Pedro Martins, Rui Sacramento e Jaime Dias, expresso o meu reconhecimento de munícipe pelo trabalho por eles realizado ao longo dos últimos 4 anos.
em Portimão, Jorge Campos, eleito Vereador (PS);
em Monchique, Rui André, eleito Presidente de Câmara (PSD);
em Lagoa, Francisco Malveiro, eleito Presidente de Junta (PS);
em Vila do Bispo, José Marques, eleito Deputado Municipal (Independentes);
em Faro, Macário Correia, eleito Presidente de Câmara (PSD).
Aproveito ainda para apontar mais uma derrota de Manuela Ferreira Leite no Algarve, que deverá ter consequências políticas. Refiro-me, obviamente, a Olhão, onde a Presidente do PSD vetou o nome de Gonçalo Amaral, contra a vontade dos militantes da Concelhia e da Distrital do PSD. Quando se veta – ainda mais sem ter competência para tal – um nome, fica-se com o ónus de obter uma vitória, o que ficou muitíssimo longe de acontecer. Se o objectivo era perder, porque não respeitou a vontade das bases?! Será porque reconhecia que Gonçalo Amaral tinha hipóteses de ganhar?
Entrando na análise aos resultados eleitorais em Portimão, recordo aqui uma análise polémica que fiz aos resultados das Eleições para o Parlamento Europeu: “Assim, uma vez que o PSD ainda não demonstrou ter conseguido cativar votos aos descontentes, só a elaboração de uma lista autárquica do PSD muito forte e surpreendente poderá fazer com que o PS perca a maioria absoluta, uma vez que o Bloco de Esquerda, a eleger um vereador, será o que actualmente é exercido pela CDU, sendo de prever que o PSD, nas próximas Autárquicas obtenha sozinho a votação que João Amado obteve em Coligação, o que será uma vitória de José Dias, pois corresponderá à angariação de mais de 1500 votos.”
Para a Câmara Municipal de Portimão o PSD teve mais 31 votos do que João Amado obteve com a coligação PSD/CDS/PPM/MPT. Confirma-se, assim, a previsão que tinha feito no seguimento dos resultados para o Parlamento Europeu.
Apesar da evidente derrota, pois o PSD é o único Partido da oposição com aspiração à vitória em Portimão, não acho que o PSD e o Dr. José Dias tenham sido os grandes perdedores nestas Eleições. Desde 1989 que participo em Campanhas Eleitorais e sei bem que, quem anda nas ruas, tem sempre a noção de que os resultados serão melhores do que os que obtém no final. O optimismo na vitória era natural, mas mostrava-se desfasado da realidade.
O PSD conseguiu, apenas, manter o seu eleitorado natural (apesar de ter mais votos do que a coligação de há 4 anos, importa recordar que a lista de independentes era apoiada por pessoas bastante próximas do PSD, que retiraram votos à coligação liderada por João Amado), constatando-se que o facto de o candidato ser independente não acrescentou votos ao Partido. Em relação às legislativas só o CDS e o BE perderam perto de 5000 votos, sendo que o PSD não conseguiu absorver qualquer um desses votos, perdendo ainda 370 votos em relação às legislativas.
Aqui chegados, deixo um mote para reflexão interna no PSD. Se um candidato independente não trás mais votos para o Partido, para quê investir na imagem e na promoção de um candidato de fora do PSD? Nestas eleições 3 dos 5 Cabeças-de-Lista eram independentes, que não acrescentaram nada em termos de votação efectiva.
O PSD decidiu renovar integralmente as suas listas eleitorais. Nenhum dos eleitos renova o seu mandato. Se, por um lado, mostrou que o PSD de Portimão tem mais gente do que aquela que repetidamente era candidata, por outro demonstrou que o peso político de uns não é maior nem menor do que o dos outros.
Inquestionavelmente, nestas eleições, o eleitorado quis votar em Manuel da Luz, mas mais do que votar em Manuel da Luz, a população manifestou-se contra uma forma de fazer política que há muito não dá frutos em democracia. A oposição da crítica pela crítica, dos ataques pessoais, dos insultos, das falsas comunicações ou dos programas eleitorais vagos e ocos no conteúdo já não cativam votos. O eleitorado quer obras, quer projectos, quer dinamismo, quer crítica construtiva. Durante a Campanha Eleitoral alguns mais papistas do que o Papa, fizeram mais oposição à cidade do que ao PS, certamente à revelia dos Partidos que apoiavam, mas que estes nada fizeram para travar.
Manuel da Luz vê-se, finalmente, livre do “fantasma” Nuno Mergulhão, ao obter um resultado muito superior ao que este obteve quando se candidatou ao 2º mandato. Ficou demonstrado que Manuel da Luz vale por si, pela sua política, pelo seu projecto, pelo rumo que delineou para a cidade de Portimão. Demonstrou que não é Presidente pela fatalidade que vitimou Nuno Mergulhão e tem toda a legitimidade para chamar a si esta estrondosa vitória, dificilmente repetível.
A vitória esmagadora de Manuel da Luz foi uma surpresa, mas não tão grande quando comparada com a derrota demolidora da CDU, que vê perder o seu Vereador, um Membro da Assembleia Municipal e quase 800 votos. Após 20 anos de actividade política Rui sacramento sai pela porta pequena, o que é pena, pois foi uma mais-valia enquanto Vereador da oposição.
Surreal foi a derrota do Bloco de Esquerda, que perde quase 3000 votos em relação às Legislativas e, contra todas as expectativas, não mete um Vereador, saindo da cena política o seu dirigente mais activo.
Injusta, pelo trabalho realizado e pela energia que manteve em Campanha, foi a derrota de João Caetano e do CDS. Perde quase 2000 votos em relação às Legislativas e reduz a sua representação autárquica a um Membro da Assembleia Municipal e a um Membro da Assembleia de Freguesia de Portimão. Pelo trabalho de oposição realizado na Assembleia Municipal de Portimão, envio um abraço de reconhecimento a João Caetano.
A todos os que não renovam os seus mandatos, com especial destaque para os Vereadores Pedro Martins, Rui Sacramento e Jaime Dias, expresso o meu reconhecimento de munícipe pelo trabalho por eles realizado ao longo dos últimos 4 anos.
Nuno parabens pela analise do último sufrágio eleitoral. Só não posso concordar com o reconhecimento feito aos vereadores Pedro Martins e Jaime Dias, são pessoas que por varias vezes votaram decisões em nome próprio, esquecendo-se que foram eleitos, por uma coligação, nunca o seriam por eles proprios.
ResponderEliminarColaboraram ambos activamente na campanha do PS o Jaime Dias dando a cara, o Pedro desfazendo o proprio partido na retaguarda.
A pior derrota do PSD em Portimão, infligida pelo Presidente da Concelhia. Mais uma boa recordação para este senhor. Desculpar com o Pedro ou outros Pedros, significa falta de moral,arrogância e zero de credibilidade para estar á frente de um Partido como o PSD.Viva o Jõão Amado, Viva o Pedro, vivam muitos Pedros....
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